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Sobre ser mulher sem ser mulherzinha

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Este é mais um daqueles posts sobre pensar as coisas que acontecem na nossa vida. Se você não gosta deste tipo de post, que pena, porque vou continuar mesmo assim e sei que tem gente que gosta e que vai se identificar com o assunto sobre ser mulher sem ser mulherzinha.

Pra começar, já vou dizer que não vou entrar no assunto sobre a escolha de ser mãe ou não, isto já está bem batido. Mas quero falar sobre o fato de algumas pessoas pensarem que toda mulher precisa ser uma mulherzinha. 
Deixa que eu explico: quando você é casada as pessoas acham que só podem conversar com você sobre coisas de casa. Mas tenho uma novidade para você: nem toda mulher gosta de cuidar da casa ou então ficar falando sobre isto. Nem toda mulher usa vestido rosa, adora uma maquiagem, faz as unhas semanalmente ou sai para tomar café com as amigas.

E não estou falando só das mulheres casadas. Eu estou falando das mulheres que NÃO QUEREM e NÃO SÃO mulherzinhas. Das mulheres que tem amigo homem e até confia mais nele do que na amiga; das mulheres que bebem cerveja em vez de beber ‘bebida de mulher’; das mulheres que gostam de assistir futebol mesmo sendo solteira (gente, que absurdo isto! Ela deveria estar olhando novela! #ironica).

Uma coisa que me irrita é o maldito rótulo: você é rotulada para tudo. Se é solteira e pega todo mundo é ‘mulher fácil’; se pega só um e já começa namorar quer dizer que é muito carente e não sabe ficar sem homem. Se mima demais o filho é péssima mãe; se larga ele na creche é pior ainda! E se você é casada e não cozinha ou passa a roupa do seu marido? Nossa, em que mundo vivemos…!
Hoje os papéis se completam, sem essa de dizer “meu marido ajuda em casa”. Não, ele não tem que ajudar, ele tem que dividir. Eu digo com todo orgulho que não cozinho e não sei cozinhar, principalmente porque não gosto.  Eu prefiro pintar uma parede e a gente se dá super bem assim porque Will gosta de cozinhar.

Mas gente, pensa no olhar de reprovação quando as pessoas sabem que é ele que cozinha.. tipo “nossa, ela não foi educada para ser uma boa esposa”. Realmente não: fui educada para ser parceira do meu marido e dividir as atividades. Ele cozinha, eu lavo e ponto! Tudo ok.

Eu já me cobrei muito por não ser muito vaidosa, por não gostar destes frufrus de menina, por odiar ir no salão, por não fazer as unhas na manicure…. Mas, sabe o que eu percebi? Que as pessoas te cobram e te julgam independente se você se enquadra e é ‘aceita’ na vida delas. Afinal, é isto que a gente tenta né: ser aceita na vida DAS OUTRAS PESSOAS porque fazendo isto nós mesmos não iremos nos aceitar.
Outra coisa que me irrita muito é o padrão de roupa nas lojas: por que algumas roupas masculinas (principalmente para crianças) são bem mais legais do que as femininas? Por que não podemos ter mais camisetas, blusas e vestidos com tema de super herói? Por que não podemos ter brilhos e paetês junto com estampas radicais?
Chega do padrão de dizer “isto ou aquilo não é coisa de mulher” porque quem decide isto é ELA. A mulher pode usar tênis, calça larga, camiseta, não gostar de maquiagem e ainda assim ser mulher. Ela pode beber cerveja até cair, falar palavrão, gostar de esporte e continuar sendo mulher. Ela pode não querer ter filhos, adorar azul, decidir não se depilar e mesmo assim será mulher.
Um salve às mulheres que não são mulherzinhas e que tem orgulho de ser assim!

E se você gosta deste tipo de post, já fiz muitos outros desabafos aqui.
Bjo bjo
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